Um blog com um pouquinho de tudo,o que o celeiro couber estarei colocando,afinal toda arte será bem vinda o que importa é que seje artesanato.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Poema-artesanato Maria da Graça Almeida .
Minha poesia é inglória,
vive em bancas incertas.
Do pódio e das vitórias,
traduz histórias discretas.
Nos dizeres, incontida,
minha poesia é de lua,
às vezes, reza vestida
às vezes, discursa nua.
Meu poema é artesanato.
E sai-me pronto das mãos.
Coso-o, com muito cuidado,
cirzo-o, sem distração.
Às vezes, vem das sucatas
de contas e velhos botões,
de renda e fitas baratas,
da fieira dos piões.
Que ressona atrás da porta,
tem os pêlos de um cão,
no final das linhas tortas
traz pena, paina, algodão.
Tem cores das violetas,
pose de pedra-sabão.
Nas asas da borboleta,
nem coloca os pés no chão.
O poema-artesanato
traz ponto-cruz, bordaduras.
É sempre um simples retrato
de uma notória figura.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário